A história mais triste que já ouvi na vida foi a seguinte:
Na década de 1960 loucos cientistas realizaram uma experiência para entender o instinto de fuga dos animais. Prenderam um cão em uma jaula com instalações elétricas em todo piso.
No começo o cão recebia choques sempre que pisava no lado direito da jaula. Em pouco tempo ele aprendeu a ficar apenas do lado esquerdo.
Depois a crueldade experiência mudou e o choque passou a ser liberado quando o cão pisava no lado esquerdo da jaula. O instinto o ensinou rapidamente a fugir para o lado oposto.
Por fim, os sádicos cientistas passaram a dar choques aleatórios por toda a jaula.
O cão ficou louco. Não tinha como fugir, não tinha para onde correr.
A loucura durou algum tempo, ele gania desesperado de lado para o outro, mas não havia mais padrões nos choques, ninguém atendia ao grunido de socorro, nada a aprender além da crueldade humana.
Por fim, depois de algum tempo o cão, exausto, caiu no chão e dormiu, ali mesmo, sobre os choques.
A jaula então foi aberta
E de tudo isso o que me mais assusta é saber que o cão não fugiu. Permaneceu deitado. Sobre os choques. Indiferente a existência da porta.
Meu Deus, serei eu como o cão?

